Recebendo alívio da mágoa, do ressentimento e do rancor

Mágoa, ressentimento e rancor são emoções humanas que refletem a nossa natureza caída. Guardamos estas emoções no coração como revides emocionais e espirituais contra um mal percebido. É uma tentativa de pagar o mal com o mal, pois as respostas são tão nocivas quanto o mal causado. Elas nos cansam, nos oprimem e nos aprisionam, às vezes por anos!
Você se sente oprimido pela mágoa, pelo ressentimento ou pelo rancor? Jesus convida: “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus 11.28). Precisamos ir até Jesus para ter alívio.
Pedro queria saber mais sobre isto. A regra não era “olho por olho, dente por dente”? Então, aproximou-se de Jesus e perguntou: “‘Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Eu lhe digo: não até sete, mas até setenta vezes sete’”. (Mateus 18.21, 22). O ensino de Jesus vai além dos cálculos matemáticos, pois quando perdoamos o “contador das ofensas” é zerado! E Jesus conta uma parábola para ilustrar:
"Por isso, o Reino dos céus é como um rei que desejava acertar contas com seus servos. Quando começou o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe devia uma enorme quantidade de prata. Como não tinha condições de pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possuía fossem vendidos para pagar a dívida. O servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir. Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denários. Agarrou-o e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Pague-me o que me deve!’ Então o seu conservo caiu de joelhos e implorou-lhe: ‘Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei’. Mas ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Quando os outros servos, companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram muito tristes e foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido. Então o senhor chamou o servo e disse: ‘Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você?’ Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão”. (Mateus 18.21-35)


Assim Jesus nos ensina que não temos o direito de cobrar nenhuma ofensa, pois recebemos de Deus o perdão e temos que estendê-lo. Ensinando-nos a orar, Jesus diz: “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6.12). Precisamos compreender que o mal que guardamos nos prejudica também, a raiz de amargura começa no coração do próprio amargurado (cf. Hebreus 12.15). É um processo que tira o foco da vida e o coloca em torno do ofensor e de como revidar ou fazer com que ele sinta o mesmo que nos fez sentir.
Temos que ir até Jesus para receber alívio. Ele não nos dá oportunidade de guardamos mágoa, ressentimento ou rancor, nem nenhum registro do mal em nossos corações, por que:
Somos tão pecadores quanto o pecador que nos fez mal. Se olharmos para nossa vida de forma bem honesta, veremos que somos tão carentes do perdão quanto quem nos fez mal. Queremos misericórdia e perdão para nós, mas justiça para o outro, porém somos desesperadamente necessitados de perdão e não juízes.
O perdão é um remédio. Precisamos abrir mão das situações malignas e deixar Deus cuidar delas. Sem perdão não há cura, nem alívio. O perdão retira de nós a responsabilidade de julgar, condenar e executar a pena. Perdoar é libertar-se.
O perdão é uma atitude nossa e não de Deus. Deus não vai colocar “passivamente” o perdão no seu coração, você é a parte “ativa” em escolher perdoar. O perdão é uma escolha e uma atitude sua. Ele lhe ajuda e capacita, mas a decisão é sua.

Você receberá alívio da mágoa, do ressentimento e do rancor ao seguir a voz do seu Mestre Jesus. Perdoe! 

Assista abaixo o video com esta reflexão que você acabou de ler:


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