O amor cura


O amor tem conotações sentimentais e filosóficas. Nos dias de hoje e na nossa sociedade ele é mal interpretado e está distante do que a Bíblia conceitua como amor. Distorcemos as coisas, apesar de Deus nos cercar de demonstrações e de Ele mesmo ser amor e se relacionar conosco de forma pessoal.
Quando amamos de fato a nossa vida é transformada e transforma a do outro. Isso pode ser claramente na passagem bíblica a seguir:
Poucos dias depois, tendo Jesus entrado novamente em Cafarnaum, o povo ouviu falar que ele estava em casa. Então muita gente se reuniu ali, de forma que não havia lugar nem junto à porta; e ele lhes pregava a palavra. Vieram alguns homens, trazendo-lhe um paralítico, carregado por quatro deles. Não podendo levá-lo até Jesus, por causa da multidão, removeram parte da cobertura do lugar onde Jesus estava e, através de uma abertura no teto, baixaram a maca em que estava deitado o paralítico. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os seus pecados estão perdoados”. Estavam sentados ali alguns mestres da lei, raciocinando em seu íntimo: “Por que esse homem fala assim? Está blasfemando! Quem pode perdoar pecados, a não ser somente Deus?” Jesus percebeu logo em seu espírito que era isso que eles estavam pensando e lhes disse: “Por que vocês estão remoendo essas coisas em seus corações? Que é mais fácil dizer ao paralítico: ‘Os seus pecados estão perdoados’, ou: ‘Levante-se, pegue a sua maca e ande’? Mas, para que vocês saibam que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados – disse ao paralítico – eu lhe digo: Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa”. Ele se levantou, pegou a maca e saiu à vista de todos. Estes ficaram atônitos e glorificaram a Deus, dizendo: “Nunca vimos nada igual!” (Marcos 2.1-12)
Esse é apenas um episódio da manifestação do amor de Deus. Jesus é Deus e Deus é amor. Jesus mudou a concepção de amor, por isso por onde passava as multidões se aglomeravam. Muitos eram apenas curiosos, outros iam buscando os milagres que Ele podia fazer, e alguns porque criam que Ele era o Filho de Deus e queriam se aproximar. Jesus é o amor encarnado e sem um relacionamento pessoal com Ele você só vai ouvir falar sem experimentar o amor de verdade.
A Bíblia conta que quatro homens carregaram um paralítico até a casa onde Jesus estava. Não temos detalhes sobre quem eram, se amigos ou parentes daquele homem, mas podemos concluir que o amavam. Lembre-se que naquela época não existiam os recursos medicinais e tecnológicos que temos hoje, então, aquele homem era digno de compaixão. Chegando lá encontraram um obstáculo: a multidão. Não se deixaram abater, deram um jeito de levar aquele deficiente até Jesus, e com eles podemos aprender:
A ter fé. Certamente aqueles homens já tinham ouvido falar sobre as maravilhas que Jesus podia fazer, talvez tivessem presenciado algum milagre. O fato é que criam que Jesus tinha poder para fazer diferença naquela vida. Fé é a certeza das coisas que não se pode ver (cf. Hebreus 11.1). Fé é crer que Deus começou a boa obra e vai completá-la (cf. Filipenses 1.6). Pela fé os quatro homens levaram o paralítico até Jesus. E pela fé enfrentaram o obstáculo, pois dificuldades não impedem quem ama de fazer o que precisa ser feito em favor do outro. Aquele que ama de verdade deixa Deus usar a sua vida como instrumento dEle e olhar para a resolução ao invés de olhar para as justificativas. As dificuldades vêm para moldar o nosso caráter, o cristianismo é o caminho da cruz, mas Deus está conosco todos os dias (cf. Mateus 28.20). Tenha fé!
Amar ao próximo é a nossa parte. O amor não é para ser admirado, nem teorizado. O amor é para ser praticado, pois como o amor de Deus vai ser experimentado se não formos instrumentos dEle aqui na terra? Aqueles homens amaram de forma prática. O amor e a fé restauram, e no relato bíblico podemos perceber que várias vidas foram restauradas naquele dia, a do paralítico, a dos homens que o levaram e certamente a vida de muitos que presenciaram aquele milagre. Quando agimos vemos como podemos ser transformados, impactados e que vale a pena. Saia do discurso e aja! Não fique inerte, mova-se! Deixe o amor de Deus transbordar do seu coração e inundar a vida de outros. Ame a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Faça a sua parte!

Seja o que Deus lhe chamou para ser




O Dia Internacional da Mulher suscita muitas reflexões, e deve mesmo ser assim, como tudo em nossa vida. No entanto, nessa data ganha força o discurso feminista, com elementos pouco atrativos. É um discurso de disputa de gêneros, e quase sempre aparece amargurado, cheio de ódio e ressentimento, como se o homem fosse inimigo da mulher e sua suposta inferioridade devesse ser fortemente evidenciada o tempo todo.
Não deveria ser assim. Não há uma disputa em questão. Há grande diferença entre disputar e lutar pelo que é justo e direito. Na verdade, o inimigo causador de tanta opressão é um sistema perverso, maligno, composto por homens e mulheres que distorcem o direito, distorcem a liberdade, cerceiam os direitos das pessoas, independente de gênero. É contra esse sistema que devemos nos levantar.
Nessa data, vemos os mais diversos tipos de manifestação em suposta defesa dos direitos da mulher. Algumas dessas manifestações incluem atitudes que nos causam estranheza, como mulheres em praça pública costurando seus próprios órgãos genitais em “protesto”. Diante de tamanha esquisitice, a pergunta que fica é: de que forma esses comportamentos contribuem para que as mentes se transformem e a justiça seja feita?
Por vezes, e sem perceber, o discurso ferrenho em defesa da mulher torna-se tão radical quanto o radicalismo que se quer combater. Vejamos a situação à luz da Palavra de Deus. Sem o conhecimento da Bíblia e do Cristianismo como um todo, muitas pessoas os classificam como mecanismos machistas e opressores.
Se analisarmos a Bíblia de forma correta, veremos nela um Deus que sabe a força que a mulher tem, e por isso não precisa diminuir o homem para exaltar a mulher, nem vice-versa. Um Deus que dá tanto valor à mulher, que não a coloca como secundária ou coadjuvante. Vejamos alguns exemplos.
No livro de Juízes, capítulos 4 e 5, vemos a história da profetisa Débora, que, no seu tempo, liderava Israel. Mulher, esposa e mãe, Débora foi escolhida por Deus para conduzir seu povo e teve sua autoridade reconhecida por ele. Veja as palavras dela: “nos dias de Sangar, filho de Anate, nos dias de Jael, as estradas estavam desertas; os que viajavam seguiam caminhos tortuosos. Já tinham desistido os camponeses de Israel, já tinham desistido até que eu, Débora, me levantei; levantou-se uma mãe em Israel.” (Juízes 5: 6-7). Você consegue ver aqui alguma atitude machista ou opressora por parte de Deus? Não, não há.
O capítulo 27 do livro de Números nos fala sobre as filhas de Zelofeade, que foram até o líder Moisés pedir que a lei fosse revisada, para que elas tivessem direito à herança de seu falecido pai, direito que não existia naquela época. E o que aconteceu? Deus disse a Moisés que revisasse a lei, reconhecendo o direito dessas mulheres. Você pode imaginar quantas outras mulheres foram beneficiadas pela ousadia dessas naquele tempo? E não houve necessidade de disputa nenhuma. Elas apenas foram corajosas, como Deus quis que fossem.
E há, na Bíblia, inúmeras outras mulheres que se destacaram em seu tempo, por usarem suas habilidades, por serem o que Deus queria que fossem. Dorcas (Atos 9) costurava roupas para atender às necessidades das pessoas de sua comunidade. O Novo Testamento também fala sobre Priscila, que com seu marido Aquila deu importante contribuição para os primeiros anos de divulgação do Evangelho.
Assim como algumas mulheres estão na história por sua sabedoria, várias outras são citadas por sua tolice. A Palavra de Deus mostra toda essa diversidade. Quando se quer, nesse dia, exaltar a mulher como criatura infalível, acabamos nos esquecendo de que há também mulheres tolas.
Há riqueza na sabedoria da mulher, e quando ela aprende a usá-la, não há necessidade de disputa ou comparações. Ela será aquilo que Deus a chamou pra ser, e Ele se encarregará de dar a ela o seu espaço.
No livro de Provérbios há uma descrição linda, forte e poética de uma mulher sábia (cf. Provérbios 31). Numa primeira leitura, nós, simples mortais, ficamos convencidos que tal mulher é ideal e irreal demais. Como pode alguém dar conta de ser tudo o que o texto descreve? Mas o segredo dessa mulher possível também está no texto: “A beleza é enganosa, e a formosura é passageira; mas a mulher que teme ao Senhor será elogiada.” (Provérbios 31: 30).
Há aí um contraponto entre o que é efêmero e o que é duradouro. A sabedoria, força e vigor dessa mulher vem de seu temor ao Senhor e de sua escolha em investir no que é duradouro.
Deus permite que cada uma de nós tenha uma jornada; são momentos felizes, outros muito dolorosos, algumas cicatrizes que não fecham… Tudo isso nos forma. Se não dermos espaço para a amargura, no final das contas, o sofrimento traz robustez ao nosso coração.
Sua história faz de você uma criatura única, e pode servir para ajudar outros em situações semelhantes. Além da história, cada mulher tem habilidades, interesses, personalidade únicos. Quando uma mulher teme ao Senhor, toda essa singularidade pode ser usada para glória dele.
Não despreze a sua singularidade. Não desperdice nada. Fique com a sabedoria dos investimentos naquilo que é duradouro. Escolha servir a Deus e aos outros, levantando-se com sabedoria e amor em favor dos injustiçados. Sirva com suas habilidades. Divida. Compartilhe. Deixe sua história abençoar outras vidas. Não se envolva em disputas desnecessárias: apenas seja quem Deus lhe chamou pra ser.

Vencendo a procrastinação


Sempre é tempo de falar das resoluções do ano novo, e devemos falar delas, pois se não tomarmos cuidado chegaremos ao final do ano sem cumpri-las. Já aconteceu de você fazer ano após ano a mesma resolução porque não conseguiu cumpri-la no ano anterior? Se você fizesse uma lista de coisas que precisa cumprir e só estão no papel ela seria longa? Com muitos itens? Cumprir essa lista é muito melhor do que deixá-la de lado, mas mesmo sabendo disso continuamos deixando de fazer essas coisas importantes. Porque quando tentamos focar nessas coisas, que às vezes são chatas ou difíceis, qualquer distração é mais interessante, e assim vamos deixando-as para depois.
Mas não podemos continuar agindo nesse padrão de comportamento, optando pelas coisas mais fáceis e fugindo das mais difíceis. O que será que Deus quer nos dizer sobre isso?
Lembrem-se dos primeiros dias, depois que vocês foram iluminados, quando suportaram muita luta e muito sofrimento. Algumas vezes vocês foram expostos a insultos e tribulações; em outras ocasiões fizeram-se solidários com os que assim foram tratados. Vocês se compadeceram dos que estavam na prisão e aceitaram alegremente o confisco dos próprios bens, pois sabiam que possuíam bens superiores e permanentes. Por isso, não abram mão da confiança que vocês têm; ela será ricamente recompensada. Vocês precisam perseverar, de modo que, quando tiverem feito a vontade de Deus, recebam o que ele prometeu; pois em breve, muito em breve “Aquele que vem virá, e não demorará. Mas o meu justo viverá pela fé. E, se retroceder, não me agradarei dele”. Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que crêem e são salvos. (Hebreus 10.32-39)
A primeira coisa que precisamos aprender com esse padrão de comportamento que nos leva a deixar as coisas para depois é que a vida nos é exige perseverança. Toda vez que você se depara com uma coisa que você sabe que precisa fazer, mas não consegue, pois não tem força para perseverar você precisa saber que Deus está te dando um recado: as coisas boas requerem perseverança.
A Carta aos Hebreus foi escrita para uma igreja perseguida, que estava passando por muitos problemas, e por causa disso muitos estavam deixando de participar e desistindo. O escritor da Carta quer animar essas pessoas mostrando o que está porvir, a vida eterna. O que isso tem a ver com as suas resoluções? Tudo. Pois não aprendemos a perseverar de uma só vez, aprendemos passo a passo. “Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que creem e são salvos” (Hebreus 10.39). Se você um dia aceitou a Jesus você é dessa linhagem, as coisas se fizeram novas! Aproprie-se dessa realidade que Deus colocou dentro do seu coração. Não se esqueça dela, não viva como os que retrocedem.
A segunda coisa que precisamos ter em mente sobre esse padrão de saber que é importante e mesmo assim não começar a fazer, é que nós podemos andar pela fé, a fé num futuro prometido, ao invés de colocar os nossos olhos em uma gratificação imediata. O apóstolo Paulo nos lembra de que “vivemos por fé, e não pelo que vemos” (2 Coríntios 5.7). Nós não focamos no que vemos porque essa caminhada é muito limitada, nossa visão não alcança longe. Nós somos dos que andam pela fé abrindo mão do controle, prosseguindo mesmo na dificuldade terrena, sabemos que nosso futuro está garantido, e isso nos motiva, pois vai durar eternamente. Encare essas dificuldades como convite ao aprendizado vindo de Deus, pois elas estão te treinando para coisas maiores.
E a terceira coisa que essa realidade nos ensina, se encararmos essas dificuldades como ensino de Deus na nossa vida vamos perceber um convite de Deus para sermos como Jesus. Jesus está dentre os que avançam, não dentre os que retrocedem.
Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus. Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem se desanimem. (Hebreus 12.1-3)
Temos que nos lembrar de tudo o que nos atrapalha mas, para além disso, o autor desses versos nos mostra que precisamos focar em Jesus e no seu exemplo, que mesmo sabendo das dificuldades que o aguardavam não procrastinou a cruz. Assim quando comparadas à cruz todas as coisas se tornam pequenas, pois temos ajuda divina para encará-las.
Não se engane, tudo o que vale a pena exige esforço. Mas elas valem a pena! Não se deixe vencer pelo desânimo. Você vive debaixo da graça. Lembre-se disso e vença a procrastinação.

Seja livre!


“E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” (João 8.32). O conhecimento da verdade de Cristo nos liberta das dinâmicas malignas que nos aprisionam, e torna-nos servos de Cristo. Como servos, devemos submeter nossa vontade a Ele, de forma que não façamos mais aquilo que desejamos, e sim o que Cristo deseja. E Deus deseja que o cristão produza frutos que agradem a Ele.
A Bíblia diz que os discípulos de Jesus glorificam a Deus produzindo frutos.  “Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos” (João 15.8). E a qualidade dos frutos que produzimos está relacionada ao tipo de influência que recebemos.
Porque, enquanto estivermos nesse mundo, funciona assim mesmo: recebemos e exercemos influência o tempo todo. Há sempre alguém trabalhando para formar nossa opinião e disputar a nossa preferência. E graças à liberdade que Cristo nos dá podemos escolher pelo quê ou por quem seremos influenciados.
E é aí que precisamos ser cuidadosos, se de fato desejamos produzir frutos que agradem a Deus. Os pensamentos e padrões de comportamento considerados normais pelo mundo nem sempre resultam em frutos que glorificam a Deus. Na era da inversão de valores e de verdades relativas, o mundo apropriou-se de duas das frases preferidas de Satanás: “não tem nada a ver” e “todo mundo faz isso”.
Embora pareçam ações sutis, o mundo trabalha de maneira intencional para influenciar nossas mentes. E aqui é importante lembrar que o mundo está sob o poder do Maligno, mas nós… nós somos de Deus (cf. 1 João 5.19) e, à luz da sua Palavra – o filtro – precisamos avaliar criticamente cada influência que recebemos.
Somos desafiados a transformar a nossa mente para poder experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus (cf. Romanos 12.2). E a única forma de ter a mente e coração transformados por Deus é entregando-nos a Ele. Não somos imunes às influências, mas quando nos entregamos a Cristo, Ele nos dá liberdade de escolha.
Escolha ser influenciado por Deus. Aceite-o como único e suficiente salvador da sua vida, estreite o seu relacionamento com Ele e cultive práticas diárias que impeçam que o mundo ganhe espaço na sua vida: 
Aumente o seu tempo de oração e devoção pessoal. Aceitar a Jesus tem a ver com arrependimento e confissão de pecados. Uma vez que entregamos a Ele o senhorio de nossas vidas, precisamos manter um relacionamento com Ele, exercitando diariamente a comunicação intencional. Converse com Jesus; a liberdade que temos nEle nos dá livre acesso à sua presença em todo tempo e lugar. 
Envolva-se com estudos da Palavra de Deus. É lá que a vontade dEle para a minha e a sua vida está registrada. A Bíblia contém as respostas que buscamos, é a bússola que nos direciona para a vida que Ele planejou para nós. Ajuste seu pensamento à Palavra de Deus. Reflita. Memorize-a. Deixe-se transformar por ela.
Escolha aprofundar suas raízes no conhecimento de Deus e ofereça a Ele os seus melhores frutos. Você é livre pra isso!

Não se canse de lutar contra o mal

E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos” (Gálatas 6.9). Quando nos encontramos com Cristo aceitamos o desafio diário de fazer o bem, e, consequentemente, de lutarmos contra o mal, pois a única forma de combater o mal é fazer o bem. É Cristo quem nos dá a graça para conseguirmos cumprir esse desafio. É Ele que nos fortalece, pois pelas nossas próprias forças jamais conseguiríamos fazer o bem ou lutar contra o mal.

Mas que mal é esse contra o qual precisamos lutar?

Não se canse de lutar contra o mal que existe dentro de você. Precisamos lutar contra o nosso próprio eu. Há uma inclinação natural de fazer o que é mal dentro de cada um de nós. A psicologia diz que somos essencialmente bons, mas a Bíblia diz que somos maus. E precisamos ser confrontados com a verdade, nós somos naturalmente egoístas.

Talvez não pratiquemos o mal socialmente condenável, mas diante de Deus o pecado é pecado, sem diferenciação entre pecado leve ou pesado. Se é pecado é pecado e pronto. Se você analisar sinceramente a semana que passou, provavelmente em algum dia o pecado predominou na sua vida. Você pode questionar: “se aceitamos a Jesus porque Ele simplesmente não anula o mal no nosso eu?” Porque essa é a nossa parte, envolve renúncia, é responsabilidade nossa.

Precisamos travar uma verdadeira guerra contra o nosso eu, estarmos sempre prontos para o combate. Quando mantemos o eu no centro é porque nos cansamos de fazer o bem. É preciso lutar contra o eu para que Deus seja o centro, para que Ele cresça e nós diminuamos.

Essa não é um apelo confortável. Não é essa a mensagem do evangelho da prosperidade que tenta transformar Deus em nosso serviçal. O Evangelho de Cristo confronta o nosso coração. É Cristo quem dá as ordens. Não se canse de lutar contra o seu eu, pois os verdadeiros discípulos de Jesus caminham em direção à cruz, não em direção ao trono.

Não se canse de lutar contra o mal que existe ao nosso redor. O mal institucionalizou-se na nossa sociedade. A miséria atinge milhões de pessoas, enquanto estamos confortáveis nas nossas casas, bem alimentados, sem nos importarmos. Atribuímos a responsabilidade ao governo e ao sistema, nos isentando para não fazemos nada. Nos cansamos de fazer o bem. Quem nos dera se, no Brasil, o número de evangélicos traduzisse o número de cristãos que realmente querem ser como Jesus, que estão dispostos a lutar contra o mal. Transformaríamos o país!

Enquanto Igreja, sabemos que é difícil combater o mal institucionalizado, mas foi para isso que Jesus nos chamou. “E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos” (Gálatas 6.9). É pela graça dEle que vamos cumprir a nossa responsabilidade de expressar o amor de Deus no meio onde estamos inseridos, de alcançar outros com o amor dEle.


Fazer o bem sem nos desanimar. Lutar contra o mal, sem nos cansar. Amar, expressar o amor de Deus, sempre. Esse é o apelo que nos é feito.

Gratidão contra o veneno da murmuração

O brilho desta época do Natal, quando celebramos o nascimento do Salvador, foi roubado pela visão de mercado. O que nos cerca são muitos anúncios, muita correria às lojas, gente consumindo e consumindo mais. O mesmo pode acontecer com a prática da gratidão, ela pode ser ofuscada quando tiramos os olhos do Senhor. Outra coisa que também obscurece a gratidão é a murmuração, ela reflete um coração insaciável.

O povo, ao ver que Moisés demorava a descer do monte, juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: "Venha, faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu". Respondeu-lhes Arão: "Tirem os brincos de ouro de suas mulheres, de seus filhos e de suas filhas e tragam-nos a mim". Todos tiraram os seus brincos de ouro e os levaram a Arão. Ele os recebeu e os fundiu, transformando tudo num ídolo, que modelou com uma ferramenta própria, dando-lhe a forma de um bezerro. Então disseram: "Eis aí os seus deuses, ó Israel, que tiraram vocês do Egito!" Vendo isso, Arão edificou um altar diante do bezerro e anunciou: "Amanhã haverá uma festa dedicada ao Senhor". Na manhã seguinte, ofereceram holocaustos e sacrifícios de comunhão. O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar à farra. Então o Senhor disse a Moisés: "Desça, porque o seu povo, que você tirou do Egito, corrompeu-se. Muito depressa se desviaram daquilo que lhes ordenei e fizeram um ídolo em forma de bezerro, curvaram-se diante dele, ofereceram-lhe sacrifícios, e disseram: ‘Eis aí, ó Israel, os seus deuses que tiraram vocês do Egito’". Disse o Senhor a Moisés: "Tenho visto que este povo é um povo obstinado. Deixe-me agora, para que a minha ira se acenda contra eles, e eu os destrua. Depois farei de você uma grande nação". Moisés, porém, suplicou ao Senhor, o seu Deus, clamando: "Ó Senhor, por que se acenderia a tua ira contra o teu povo, que tiraste do Egito com grande poder e forte mão? Por que diriam os egípcios: ‘Foi com intenção maligna que ele os libertou, para matá-los nos montes e bani-los da face da terra’? Arrepende-te do fogo da tua ira! Tem piedade, e não tragas este mal sobre o teu povo! Lembra-te dos teus servos Abraão, Isaque e Israel, aos quais juraste por ti mesmo: ‘Farei que os seus descendentes sejam numerosos como as estrelas do céu e lhes darei toda esta terra que lhes prometi, que será a sua herança para sempre’". E sucedeu que o Senhor arrependeu-se do mal que ameaçara trazer sobre o povo. (Êxodo 32.1-14)

Esta é uma história conhecida de provisão e proteção, mas também de murmuração e ingratidão. Será que a gratidão só dura enquanto há festa e satisfação no coração? E o pior é que o povo pressionou o sacerdote com sua murmuração e ele foi conivente com tal ingratidão.

Podemos aprender algumas lições com esse relato: alimente a ingratidão e haverá mais deserto, semeie a gratidão e não a murmuração, lembre-se que a lei da semeadura é certa. A murmuração tira o nosso foco do alto, de Deus, e o coloca em nós mesmos. Portanto:


A murmuração destrói a fé e o nosso relacionamento com Deus e com os irmãos. Focalizamos na falta e não no que temos. Um grão de problema não pode ofuscar um mar de bênçãos. Seja grato, vença a murmuração com a gratidão.

A murmuração se espalha e contamina outros. Ela revela o que há no seu coração e pode contaminar o coração de outros que talvez nem tivessem pensando no assunto. O veneno da murmuração produz outros ingratos. Não contamine os que te rodeiam.

A murmuração é inversamente proporcional à gratidão. Nossa natureza tem a tendência de “povo no deserto”, quando está preso no Egito reclama, mas quando é liberto, reclama também. Liberte-se da murmuração!

A gratidão no deserto vai levar você à Terra Prometida. A ingratidão vai fazer com que você permaneça no deserto. Qual você prefere?

 

Passos de compromisso

Um cristão deve dar passos espirituais para obedecer ao seu Senhor dia após dia, se comprometendo com Ele e renovando o seu compromisso diariamente. Para isso a Bíblia serve para confrontar o nosso eu, pois Jesus mesmo disse que para segui-lo é preciso negar a si mesmo dia após dia (confira Lucas 9.23).
O Mestre convida: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso” (Mateus 11.28). Esse é o primeiro passo espiritual que você precisa dar: ir até Jesus. É somente através dEle, não há outro intermediário. Não perca a oportunidade de dar esse passo espiritual, que é a decisão mais importante que você pode tomar em sua vida. É a diferença entre a vida ou a morte eterna. Comprometa-se com Jesus como único e suficiente salvador, e como seu Senhor.
E, depois de se comprometer, permaneça em Jesus. Ele disse: “Eu sou a videira, vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto, pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” (João 15.5). Dependa dEle, fique sempre conectado a Ele pois é o Único que tem as palavras da vida eterna. Somente nEle você pode se tornar a cada dia uma nova criatura. A vida cristã é um aprendizado constante, um aperfeiçoamento que começa aqui e só termina lá no céu.
E, falando em passos espirituais, vamos refletir. O que diferencia uma pessoa que é líder de outra que não é? O compromisso com a liderança. O mesmo se dá com um político, ele se diferencia dos outros pelo seu compromisso com a política. Um casado tem compromisso com o casamento, diferentemente do solteiro. Assim é com o cristão, o que o diferencia dos outros é o compromisso com o cristianismo. A marca do cristão é o compromisso com Jesus, e é esse compromisso com Jesus que nos faz agir diferente.
Apesar do grande número de igrejas evangélicas espalhadas pelo Brasil, poucos são os comprometidos com Cristo. Os templos estão lotados, mas muitas vezes as pessoas estão comprometidas com a religiosidade, ao invés de deixar que a Bíblia norteie as suas práticas.
E, em se tratando de passos espirituais, o batismo é um passo espiritual importante para o cristão. Se não fosse assim o próprio Jesus não teria dado o exemplo. Veja o relato bíblico:
Então Jesus veio da Galiléia ao Jordão para ser batizado por João. João, porém, tentou impedi-lo, dizendo: “Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?” Respondeu Jesus: “Deixe assim por enquanto, convém que assim façamos, para cumprir toda a justiça”. E João concordou. Assim que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento os céus se abriram, e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre ele. Então uma voz dos céus disse: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado”. (Mateus 3.13-17)
Com o passar dos anos as coisas mudam, esfriam. As religiões vão sendo influenciadas pela cultura, deixando que suas doutrinas e ensinamentos sejam distorcidos. O mesmo aconteceu com o batismo. Ele possui um significado muito importante, e temos que buscá-lo na Bíblia que é a Verdade, e não nas religiões.
Jesus mesmo disse que “quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” (Marcos 16.16). A fé com entendimento é pressuposto para o batismo, portanto é necessário que aquele que é batizado compreenda a importância desse passo de compromisso cristão. O batismo é um símbolo de pertencimento entre o cristão e o seu Senhor, da morte para essa vida terrena e da ressurreição para a nova vida com Cristo. E por isso o batismo deve ser uma decisão pessoal. O compromisso com Cristo é anterior, o batismo é o testemunho público de que esse pacto foi firmado.

Qual passo espiritual você precisa dar hoje ainda? Não fique parado! Não espere por um novo ano para tomar decisões que podem mudar agora mesmo a sua vida para muito melhor. Siga cada dia para mais perto de Jesus!

Seja grato!


Saber dar graças é algo que precisa fazer parte das nossas vidas como cristãos. Precisamos resgatar isso, pois temos nos acostumado a sermos servidos e a não reconhecer quem tem sido o nosso provedor, Deus. Temos recebido tantas coisas, mas nos esquecido de agradecer. Ser grato, saber dar graças e exercer sempre a gratidão deve ser uma característica do cristão.
Jesus reforçou isso nos seus ensinos após um episódio que aconteceu, veja:
A caminho de Jerusalém, Jesus passou pela divisa entre Samaria e Galiléia. Ao entrar num povoado, dez leprosos dirigiram-se a ele. Ficaram a certa distância e gritaram em alta voz: "Jesus, Mestre, tem piedade de nós!" Ao vê-los, ele disse: "Vão mostrar-se aos sacerdotes". Enquanto eles iam, foram purificados. Um deles, quando viu que estava curado, voltou, louvando a Deus em alta voz. Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. Este era samaritano. Jesus perguntou: "Não foram purificados todos os dez? Onde estão os outros nove? Não se achou nenhum que voltasse e desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro?" Então ele lhe disse: "Levante-se e vá; a sua fé o salvou". (Lucas 17.11-19)
Dos dez leprosos curados apenas um voltou com o coração transbordando de gratidão, voltou louvando, se prostrou aos pés de Jesus e agradeceu. E o mesmo poderia se passar nos dias de hoje. Jesus estava mostrando que o nosso coração é enganoso. Aqueles dez leprosos buscaram a provisão, a cura, o alívio, a benção, a piedade. Receberam. Mas simplesmente se foram. Essa é a representação da sociedade em que vivemos, da família de hoje e até mesmo da igreja. São pessoas que precisam de uma graça, recebem o suprimento na hora em que pedem, quando estão caminhando e são curados por Jesus. Mas poucos reconhecem que devem agradecer.
Infelizmente, a maioria de nós se assemelha aos nove leprosos, ao invés de com aquele que voltou. Não pode ser assim. Se somos cristãos, devemos desenvolver uma das principais características do cristianismo: a gratidão. Veja dicas de como fazer isso no seu dia a dia:
Volte para agradecer quem te abençoou. Analise: De que forma sua oração foi respondida? Alguém foi usado para te abençoar? O primeiro a receber a honra e a glória deve ser Deus, mas se alguém te estendeu a mão seja grato. Exerça mais a gratidão para com aquele que está ao seu lado. Somos abençoados 365 dias por ano, não podemos continuar seguindo do mesmo jeito. Somos novas criaturas! Não se esqueça de agradecer, não saia correndo em busca da próxima benção sem agradecer a benção já recebida.
Pergunte-se: o que mais eu posso fazer para demonstrar minha gratidão? Davi indagou: “Como posso retribuir ao Senhor toda a sua bondade para comigo?” (Salmo 116.12). Somos devedores porque já recebemos demais. Temos que retribuir, senão nos tornaremos consumidores. Se recebemos uma semente é para que ela dê frutos. Você pode ir além. Avalie como você pode fazer mais pelo seu próximo, ser sal e luz. ser um legítimo representante de Cristo onde você estiver. Demonstre a sua gratidão no dia a dia.
Tenha uma boa memória para agradecer e amnésia com relação àqueles que foram ingratos com você. Nunca mais se esqueça do que foi feito por você. Esqueça sim dos devedores, é isso que o cristão deve fazer, viver nessa lógica, que é diferente. Não cobre gratidão. Se você faz algo por alguém não faz mais do que a sua obrigação: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens” (Colossenses 3.23). Você deve ser servo. Não deixe que a ingratidão que outros tenham demonstrado a você transforme o seu coração.

Como aquele leproso curado que voltou para agradecer, se prostrou aos pés de Jesus e lhe deu a honra devida, faça também. Aplique a gratidão na sua vida. Volte-se para Jesus e seja grato!

Nada vai me impedir de dar graças


Dêem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus”  (1Tessalonicenses 5.18)
"Havia um fazendeiro que tanto podia ser um mecânico, um eletricista ou um veterinário. E essa história poderia facilmente ser sobre um vendedor, uma enfermeira, um professor, um caminhoneiro ou uma mãe, pois nos soam familiares histórias deste tipo.

Este fazendeiro trabalhou a terra, pegou no pesado de verdade. Mãos no arado, sol quente. Pedindo a Deus que as sementes brotassem. Fazendo o que era possível com suas próprias mãos.

Contas empilhadas sobre a mesa. Seu cachorro morreu. Um de seus filhos na fase rebelde da vida, como se fosse parte mula, parte cascavel. Só isso já o teria matado, envelheceu. Mas mesmo assim trabalhava a cada dia por um retorno menor que seu esforço e seus lábios rachados de sol murmuravam ações de graças. Sua esposa o segurava no escuro e via suas lágrimas em meio a orações.

Seu filho deixou um rastro de poeira rebelde para trás. Ele teve que ter coragem para continuar trabalhando pelos outros cinco. Saiu e fez seu trabalho e deu graças quando não fazia sentido dá-las, pois sabia que seu Deus não o deixara, ainda que os céus parecessem feitos de bronze há muito tempo.

O milho brotou e morreu precocemente por causa do gelo. Ele plantou de novo. Contou as bênçãos como sementes que plantava dentro de si, sementes de gratidão. Abriu as mãos, aceitou o que veio de Deus e usou a alegria como uma veste.

Quando os grãos começaram a aparecer, um exército de pulgões destruiu o que fora cultivado com tanto choro, suor e coragem. Ele abaixou a cabeça, arou a terra novamente e sussurrou ações de graças contra todas as provas que insistiam em dizer que seu Deus não era bom. Recebeu o que Deus deixou vir, seu coração se abriu e ele vestiu a alegria como uma roupa.

Quando o milho estava maduro, uma tempestade de granizo acabou com tudo violentamente. O fazendeiro limpou o rosto marcado e deu graças como um ato subversivo de alguém que se recusava a ceder às trevas que o torturavam e o tentavam a amaldiçoar a Deus. Ele abriu as mãos, aceitou o que Deus lhe deu, agradeceu e vestiu a alegria como um manto.

Neste tempo todo, tudo isto abriu buracos em seu coração, como o arado faz na terra, mas o fazendeiro colocou sementes de ações de graças neles, se deixou cultivar, e esperou a colheita. Chorou, sua esposa o abraçou no escuro do quarto e da vida. E ele sussurrou: a graça é a única coisa que cura a nossa visão do mundo.

Ela mal conseguia envolver os braços ao redor dele, pois seu coração havia crescido tanto, cheio de frutos da graça, mesmo sem frutos na vida. Ele segurou as mãos dela. E todos os dias, antes de sair para trabalhar no campo de sua vida, puxava-a para perto e sussurrava o que não poderia esquecer. Eles eram pessoas simples, mas não se esqueciam do aprendizado, pois era assim que viviam.

Não importa o que as manchetes gritam, só há duas opções: dar graças ou amaldiçoar a Deus. Não importa o que o mundo tente vender, só temos duas prateleiras: dar graças ou nos fechar para Deus. Não importa o que estamos enfrentando, sempre há apenas dois caminhos: ação de graças ou despedir-se de Deus.

Eram pessoas simples que sabiam que se você deixa algo roubar sua gratidão, deixa roubar também sua alegria e sua força. O fazendeiro e sua esposa tomaram esta decisão. Nenhum desastre, nenhuma tempestade, nenhum cancelamento ou rescisão iria impedi-los de dar graças. Era ela que os trazia de volta para o coração de Deus.

Damos graças a Deus não por causa de como nos sentimos, mas por causa de quem ele é.”

(Texto adaptado de Ann Voskamp)

Sinais dos fins dos tempos – parte 2

Em nossa reflexão anterior vimos que uma das características apresentadas por Jesus no que diz respeito ao fim dos tempos é o esfriamento do amor. Ele disse: “Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará” (Mateus 24.12). A maldade é indiretamente proporcional ao amor, quanto mais maldade menos amor, esta é a equação que Jesus pronunciou.

E, infelizmente, conhecemos tal realidade mais do que gostaríamos. Parece que hoje as pessoas não querem apenas ficar longe de Deus, querem também impedir que outras se aproximem. E o pior é que quanto maior a maldade, mais pessoas autocentradas ao nosso redor, menos amor ao próximo, não há espaço para o amor.

Os seguidores de Cristo, a Igreja do Senhor Jesus, deveriam mostrar que vivem o inverso desta lógica. Um dia, doze homens viveram assim e influenciaram os que estavam ao redor. Mas o que fazer para que o amor prevaleça sobre a maldade, começando pelas nossas próprias vidas? O apóstolo Paulo responde esta pergunta quando fala sobre o amor na Primeira Carta aos Coríntios.

Ainda que 1 Coríntios 13 seja um texto tão usado nos relacionamentos amorosos, o amor que Paulo expressa não é aquele flutuante sentimento romântico. É uma firme decisão de, no poder do Espírito Santo, amar. Paulo tinha em mente uma igreja confusa que precisava ser exortada, que precisava saber que a maldade egoísta estava deixando pouco espaço para o amor.

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo supera, tudo suporta. (1 Coríntios 13.4-7)

Com este texto, destacamos três maneiras de multiplicar o amor, em vez da maldade:

Em primeiro lugar, perseverar nestas características do amor: paciência e bondade. Isto aponta para o outro em vez de nós mesmos. Perseverar apesar do outro, perseverar apesar das circunstâncias, não deixar a maldade vencer e enfraquecer nosso amor.

Em seguida, retornar e reforçar a prática do altruísmo e do perdão diariamente. Jesus lhe concedeu o Espírito Santo para transformar sua vida e não deixar que a mágoa e o rancor a dirijam. Jesus deu exemplo disto na cruz ao derramar perdão sobre seus opressores.

Em terceiro lugar, combater a injustiça. Não só estender a mão para ajudar, mas não compactuar com o mal, fazer as trevas recuarem, promover reconciliação, mostrar ao mundo o que é amor de verdade: o amor iniciado e sustentado por Cristo, nosso Senhor.

Escolha amar como Jesus amou. Não deixe o seu amor se esfriar!