Pessoas comuns, heróis da fé - Parte 3 - Maria


“Por isso o Senhor mesmo lhes dará um sinal: a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel” (Is 7.14). 700 anos antes de isso acontecer o profeta Isaías foi usado por Deus para anunciar as boas novas que estavam por vir. E Deus cumpriu sua promessa, como sempre o faz. Maria foi esta virgem, uma heroína. Mas por vezes ela é subestimada ou superestimada, por isso Maria será a pessoa comum que vamos abordar.

Maria estava prometida em casamento a José quando o anjo Gabriel lhe apareceu e disse: “Alegre-se, agraciada! O Senhor está com você!” (Lc 1.28). Ele anunciou os planos de Deus e que Maria faria parte deles. Maria ficou perturbada com aquelas palavras, era algo tão fora do comum, ela teve suas dúvidas, como isso seria possível? Como ficaria grávida ainda virgem? Como a sociedade em que vivia aceitaria aquilo? Mas, a despeito disso, respondeu: “Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra” (cf. Lc 1.26-38). A profecia se cumpriu porque ela disse que era serva, ela se submeteu ao plano de Deus.

É preciso ter fé, devoção e temor para entender uma ordem direta de Deus. Veja bem, Maria não era divina, nem era uma pessoa qualquer, ela era uma pessoa comum, mas uma serva de Deus. Ela recebeu graça para ser um instrumento de Deus. Ela se submeteu com fé. Não somente no nascimento de Jesus, mas em outros episódios que a Bíblia narra, como O Menino Jesus no Templo (cf. Lc 2.41-52) e quando Jesus transforma água em vinho (cf. Jo 2.1-11) vemos isso, mesmo que não entendesse todas as coisas Maria as guardava no seu coração, ela não compreendia tudo o que Jesus dizia e fazia, não entendia porque não havia divindade nela, mas apesar disso ela continuava servindo e crendo.

Maria obedecia a Jesus porque sabia que Ele era o Cristo, o Filho do Deus Vivo, o seu Senhor, o Messias Prometido, o Deus Conosco. Maria foi um instrumento de Deus, e sabia disso. Ela jamais aceitaria ser intermediária entre um pecador e Deus, porque ela mesma era uma pecadora, ela nunca aceitaria receber os atributos divinos, ou se sentar no trono que pertence a Deus. Pelo contrário, ela rendeu todo o louvor a Deus, deu a glória a quem é Digno de receber (cf. O cântico de Maria, Lc 1.46-55).

Maria viveu para e em Cristo. Mesmo na dúvida, mesmo sem entender o sobrenatural, ainda assim Maria viveu para Cristo, viveu em Cristo. Ela cresceu ouvindo as promessas de que Deus mandaria um Messias para resgatar o seu povo, e ela foi parte do cumprimento da promessa, teve fé em Cristo, no Autor e Consumador de todas as coisas.

Maria se fortalecia em Cristo, e só nEle. Diante dos desafios que enfrentava, dos medos, das circunstâncias, do sofrimento de ver seu Senhor ser acusado injustamente, torturado, amaldiçoado, quando seu coração se entristeceu por todas essas coisas ela buscou forças no Salvador que a sustentava.

Maria entendeu Cristo. É disso que precisamos hoje, entender o propósito de vida de Cristo, sua missão, seus ensinamentos. Viver sem os ensinamentos de Cristo deixa tudo confuso e sem sentido. Precisamos do Mestre para nos ensinar, precisamos aprender com Ele, assim como Maria fez.

Maria sabia quem ela era, e sabia que Ele era o Santo, o Enviado. Ela tinha um relacionamento com Deus que a levou a se submeter e a buscar a vontade dEle. Maria foi um instrumento. Maria era uma serva, uma adoradora, o texto não diz que ela não era pecadora, não, mas Maria buscava a Deus constantemente, ela lutava contra o seu eu pecaminoso. Era uma mulher comum, mas por causa da sua fé em Deus se tornou uma heroína. Você também não quer se tornar uma? Você também não quer se tornar um herói?

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