Nossas decisões e a glória de Deus - Parte 3



Por vivermos em um mundo caído somos convidados diariamente a não nos conformarmos com estas coisas, Deus nos convida a sermos cada vez mais parecidos com Jesus. E este é um processo que depende do nosso relacionamento com Deus, da escolha diária de dar glórias a Ele com nossas atitudes, reações, pensamentos, escolhas. Para isso temos que lutar contra o nosso eu pecaminoso que tende a fazer o mal. A natureza humana é inclinada para o que desagrada a Deus, por isso precisamos nos negar. Renunciar a nossa vontade e buscar a vontade de Deus.

É isso que Jesus ensinava aos seus discípulos, e em certa oportunidade falou sobre o perdão. O relato está no Evangelho de Mateus, capítulo 18. Pedro, muito legalista como era, quis logo saber “Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?” (v. 21). Talvez Pedro já estivesse perdendo a paciência com alguém, e por isso queria contabilizar o perdão que já tinha dispensado a todos os que o ofenderam ou feriram de alguma forma. E Jesus conhecia o coração de Pedro. Ele conhece o meu e o seu coração. Por isso respondeu: “Não até sete, mas até setenta vezes sete” (v. 22).

“Puxa vida! 490 vezes! Mas isso é demais!” talvez tenha sido o pensamento de Pedro, mas o que Jesus queria dizer com este número tão alto é que, na verdade, quando você perdoa o contador zera, então você nunca vai perdoar alguém 7 vezes, quem dirá 70 x 7! Assim como Deus apaga nossas transgressões e não se lembra mais dos nossos pecados (cf. Is 43.25), assim como Ele atira todos os nossos pecados nas profundezas do mar e não permanece irado para sempre (cf. Mq 7.18, 19) nós devemos fazer. Na oração que Jesus fez, conhecida como Oração do Pai Nosso, também está claro “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12).

Perdoar é uma atitude que dá glória a Deus. Não perdoar desagrada a Deus e é uma escolha que traz conseqüências sérias porque Jesus, após contar a parábola do servo impiedoso (cf. Mt 18.23-35), finalizou dizendo que se não perdoarmos de coração ao nosso irmão o Pai celestial não nos perdoará! Diante da palavra de Jesus a única opção é perdoar. O perdão faz parte do cristianismo, da obra de Jesus na nossa vida, do processo de nos tornarmos cada vez mais parecidos com Ele. Mas como perdoar o próximo?

Comece por Deus. Lembre-se de tudo o que Ele já fez por você. Quando temos isso em mente reconhecemos que precisamos da ajuda dEle. Se você tem tido dificuldades para perdoar é hora de avaliar como está o seu relacionamento com Ele. Está fluindo de forma que o seu eu diminui a cada dia e Ele cresce em você? Coloque diante de Deus as pessoas que lhe fizeram mal, pedindo que Ele as abençoe e transforme. Ore por elas.
Combata a raiz de amargura. Não deixe que o rancor e a amargura cresçam em você, eles são altamente destrutivos, não fazem bem nenhum, muito pelo contrário, a cada dia causam mais mal. Deixe Jesus cultivar no seu coração o que vale a pena, lhe ensinar a perdoar para que você faça tudo para a glória dEle.

Seja constante, não desista de continuar perdoando. Lembre-se de que a melhor coisa é oferecer o perdão, lembre-se que você não é o juiz, você também depende da misericórdia do Único que é Justo! Assim como as misericórdias de Deus se renovam a cada manhã peça para Ele renovar o seu amor por todos os que estão ao seu redor.
Libere o perdão agora mesmo, e quantas vezes for preciso, e experimente todos os benefícios que esta atitude traz. Viva para a glória de Deus!

0 comentários:

Postar um comentário