Filho pródigo - Parte 1


A parábola do filho perdido, ou do filho pródigo, é muito conhecida. Jesus a contou para ilustrar o amor do Pai, e muitas pessoas se reuniram para ouvi-lo. Está narrada no Evangelho de Lucas, capítulo 19, versos 11 a 32. “Um homem tinha dois filhos, o mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança’. Assim, ele partiu sua propriedade entre eles. Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente” (v. 11-13). Depois de um tempo o dinheiro acabou, os amigos sumiram. O filho mais novo se arrependeu, decidiu voltar e pedir para o seu pai lhe contratar como empregado. No reencontro o amor do pai não leva em consideração o vacilo do filho, e eles festejam o seu retorno.

A nossa “justiça” nos levaria a agir diferente, somos egoístas, agiríamos como o irmão mais velho. Ele não levou em consideração o amor, ao saber o motivo da festa “encheu-se de ira, e não quis entrar” (v. 28). Ele se revoltou, questionou a decisão do pai, quis reivindicar seus direitos. Criticamos a postura do irmão mais novo, o filho pródigo. Aqueles que se afastam do amor do Pai são rejeitados por nós que vivemos os rituais, que somos incentivados a fazer coisas para servir o Pai. Quando nos é requerido o amor pelo nosso irmão achamos um absurdo, queremos reivindicar o nosso direito, exigir de Deus tudo o que queremos. Como estamos equivocados!

Não importa se agimos como o filho mais novo ou como o filho mais velho, ambas atitudes estão erradas, e somos merecedores de toda a ira e julgamento.

O que motivou o pai a dividir a herança? O que motivou o pai a esperar pelo filho? O que motivou o pai a festejar a volta do filho? O que motivou o pai a ouvir a murmuração do filho mais velho? O amor. O Pai, pelo seu amor, nos dá a vida eterna. “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores” (Rm 5.8). Esse é o amor que o nosso Pai Celestial derrama no nosso coração, amor que nos salva e nos faz entender o sentido da vida.

Mas Jesus nos adverte: “Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará” (Mt 24.12). Temos que ficar atentos, a maldade não pode aumentar no coração dos cristãos, ao contrário, precisa diminuir cada dia mais. O amor precisa aumentar. Não podemos nos conformar ao mundo, temos que renovar a nossa mente dia após dia e seguir o mandamento claro que Jesus nos deixou: “Como o Pai me amou assim eu os amei; permaneçam no meu amor” (Jo 15.9).

O amor que recebemos não pode parar em nós, precisa alcançar outros. Esse amor parece impossível, mas é alcançável, totalmente possível com a ajuda de Deus, se aprendermos com Ele seremos capazes de colocar em prática e de sermos canal desse amor que permanece para sempre. Deixe o amor do Pai te alcançar, seja um canal do amor do Pai para as pessoas que estão ao seu redor!

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