“E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se
não desanimarmos” (Gálatas 6.9). Quando nos encontramos com Cristo
aceitamos o desafio diário de fazer o bem, e, consequentemente, de lutarmos
contra o mal, pois a única forma de combater o mal é fazer o bem. É Cristo quem
nos dá a graça para conseguirmos cumprir esse desafio. É Ele que nos fortalece,
pois pelas nossas próprias forças jamais conseguiríamos fazer o bem ou lutar
contra o mal.
Mas que mal é esse contra o
qual precisamos lutar?
Não se canse de lutar contra o mal que existe dentro de você. Precisamos lutar contra o nosso próprio eu. Há uma inclinação
natural de fazer o que é mal dentro de cada um de nós. A psicologia diz que
somos essencialmente bons, mas a Bíblia diz que somos maus. E precisamos ser
confrontados com a verdade, nós somos naturalmente egoístas.
Talvez não pratiquemos o mal socialmente
condenável, mas diante de Deus o pecado é pecado, sem diferenciação entre
pecado leve ou pesado. Se é pecado é pecado e pronto. Se você analisar
sinceramente a semana que passou, provavelmente em algum dia o pecado
predominou na sua vida. Você pode questionar: “se aceitamos a Jesus porque Ele
simplesmente não anula o mal no nosso eu?” Porque essa é a nossa parte, envolve
renúncia, é responsabilidade nossa.
Precisamos travar uma
verdadeira guerra contra o nosso eu, estarmos sempre prontos para o combate.
Quando mantemos o eu no centro é porque nos cansamos de fazer o bem. É preciso
lutar contra o eu para que Deus seja o centro, para que Ele cresça e nós diminuamos.
Essa não é um apelo
confortável. Não é essa a mensagem do evangelho da prosperidade que tenta
transformar Deus em nosso serviçal. O Evangelho de Cristo confronta o nosso
coração. É Cristo quem dá as ordens. Não se canse de lutar contra o seu eu,
pois os verdadeiros discípulos de Jesus caminham em direção à cruz, não em
direção ao trono.
Não se canse de lutar contra o mal que existe ao nosso redor. O mal institucionalizou-se na nossa sociedade. A miséria
atinge milhões de pessoas, enquanto estamos confortáveis nas nossas casas, bem
alimentados, sem nos importarmos. Atribuímos a responsabilidade ao governo e ao
sistema, nos isentando para não fazemos nada. Nos cansamos de fazer o bem. Quem
nos dera se, no Brasil, o número de evangélicos traduzisse o número de cristãos
que realmente querem ser como Jesus, que estão dispostos a lutar contra o mal.
Transformaríamos o país!
Enquanto Igreja, sabemos que é
difícil combater o mal institucionalizado, mas foi para isso que Jesus nos
chamou. “E não nos cansemos de fazer o
bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos” (Gálatas 6.9). É
pela graça dEle que vamos cumprir a nossa responsabilidade de expressar o amor
de Deus no meio onde estamos inseridos, de alcançar outros com o amor dEle.
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