Gratidão contra o veneno da murmuração

O brilho desta época do Natal, quando celebramos o nascimento do Salvador, foi roubado pela visão de mercado. O que nos cerca são muitos anúncios, muita correria às lojas, gente consumindo e consumindo mais. O mesmo pode acontecer com a prática da gratidão, ela pode ser ofuscada quando tiramos os olhos do Senhor. Outra coisa que também obscurece a gratidão é a murmuração, ela reflete um coração insaciável.

O povo, ao ver que Moisés demorava a descer do monte, juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: "Venha, faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu". Respondeu-lhes Arão: "Tirem os brincos de ouro de suas mulheres, de seus filhos e de suas filhas e tragam-nos a mim". Todos tiraram os seus brincos de ouro e os levaram a Arão. Ele os recebeu e os fundiu, transformando tudo num ídolo, que modelou com uma ferramenta própria, dando-lhe a forma de um bezerro. Então disseram: "Eis aí os seus deuses, ó Israel, que tiraram vocês do Egito!" Vendo isso, Arão edificou um altar diante do bezerro e anunciou: "Amanhã haverá uma festa dedicada ao Senhor". Na manhã seguinte, ofereceram holocaustos e sacrifícios de comunhão. O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar à farra. Então o Senhor disse a Moisés: "Desça, porque o seu povo, que você tirou do Egito, corrompeu-se. Muito depressa se desviaram daquilo que lhes ordenei e fizeram um ídolo em forma de bezerro, curvaram-se diante dele, ofereceram-lhe sacrifícios, e disseram: ‘Eis aí, ó Israel, os seus deuses que tiraram vocês do Egito’". Disse o Senhor a Moisés: "Tenho visto que este povo é um povo obstinado. Deixe-me agora, para que a minha ira se acenda contra eles, e eu os destrua. Depois farei de você uma grande nação". Moisés, porém, suplicou ao Senhor, o seu Deus, clamando: "Ó Senhor, por que se acenderia a tua ira contra o teu povo, que tiraste do Egito com grande poder e forte mão? Por que diriam os egípcios: ‘Foi com intenção maligna que ele os libertou, para matá-los nos montes e bani-los da face da terra’? Arrepende-te do fogo da tua ira! Tem piedade, e não tragas este mal sobre o teu povo! Lembra-te dos teus servos Abraão, Isaque e Israel, aos quais juraste por ti mesmo: ‘Farei que os seus descendentes sejam numerosos como as estrelas do céu e lhes darei toda esta terra que lhes prometi, que será a sua herança para sempre’". E sucedeu que o Senhor arrependeu-se do mal que ameaçara trazer sobre o povo. (Êxodo 32.1-14)

Esta é uma história conhecida de provisão e proteção, mas também de murmuração e ingratidão. Será que a gratidão só dura enquanto há festa e satisfação no coração? E o pior é que o povo pressionou o sacerdote com sua murmuração e ele foi conivente com tal ingratidão.

Podemos aprender algumas lições com esse relato: alimente a ingratidão e haverá mais deserto, semeie a gratidão e não a murmuração, lembre-se que a lei da semeadura é certa. A murmuração tira o nosso foco do alto, de Deus, e o coloca em nós mesmos. Portanto:


A murmuração destrói a fé e o nosso relacionamento com Deus e com os irmãos. Focalizamos na falta e não no que temos. Um grão de problema não pode ofuscar um mar de bênçãos. Seja grato, vença a murmuração com a gratidão.

A murmuração se espalha e contamina outros. Ela revela o que há no seu coração e pode contaminar o coração de outros que talvez nem tivessem pensando no assunto. O veneno da murmuração produz outros ingratos. Não contamine os que te rodeiam.

A murmuração é inversamente proporcional à gratidão. Nossa natureza tem a tendência de “povo no deserto”, quando está preso no Egito reclama, mas quando é liberto, reclama também. Liberte-se da murmuração!

A gratidão no deserto vai levar você à Terra Prometida. A ingratidão vai fazer com que você permaneça no deserto. Qual você prefere?

 

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