Recebendo alívio do medo


Max Lucado, um renomado autor cristão, escreveu sobre o medo e concluiu: o medo não divide o seu lugar no coração com ninguém, onde há medo não há paz, nem alegria. Além disto, o medo, em doses nocivas, não faz nada produtivo: não salva casamentos, nem resolve problemas. A fé, por outro lado, assim como a coragem, produz resultados. Lucado reflete sobre um texto bem conhecido sobre o medo, algo que aconteceu entre Jesus e seus discípulos:
Entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram. De repente, uma violenta tempestade abateu-se sobre o mar, de forma que as ondas inundavam o barco. Jesus, porém, dormia. Os discípulos foram acordá-lo, clamando: "Senhor, salva-nos! Vamos morrer!" Ele perguntou: "Por que vocês estão com tanto medo, homens de pequena fé?" Então ele se levantou e repreendeu os ventos e o mar, e fez-se completa bonança. Os homens ficaram perplexos e perguntaram: "Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?" (Mateus 8.23-27)
Vamos refletir sobre alguns pontos deste texto:
Os discípulos seguiam a Jesus, estavam no lugar certo, seguindo o Mestre, então teriam uma consequência feliz, certo? Não necessariamente, o texto diz que “de repente” a situação se tornou extremamente difícil. Sim, seguidores de Jesus enfrentam tempestades, eles também têm medo. Mas alguém presente na situação não parecia perturbado, a Bíblia diz que “Jesus, porém, dormia”, simples assim. As tormentas que abalam nossas vidas, não abalam nosso Mestre, mas mesmo assim o que isto nos ensina sobre o medo?
Na versão contada por Marcos assim está o relato: “Jesus estava na popa, dormindo com a cabeça sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e clamaram: ‘Mestre, não te importas que morramos?” (Marcos 4.38). É como se dissessem: “Caso não tenha percebido, vamos morrer!”. Isso é o que tinham por certo. E o Senhor que tem poder para salvar está dormindo. O medo produz conclusões apressadas, quem disse que Jesus não se importava? Quem disse que Ele não faria nada? O medo corrói a confiança na bondade de Deus. O medo enfraquece a memória com relação ao que Deus já fez antes.
Além disto, o medo libera dúvidas e elas nos deixam com raiva, pois nos mostram que não podemos controlar tudo. Afinal quem pode? Este é o grande ensinamento, nosso Salvador pode. Ele se importa sim. Ele lida com o grande tremor com grande calma para mostrar quem está, de fato, no controle.
E antes de repreender o mar, Ele repreendeu o medo de seus discípulos, trazendo-lhes à memória que, embora o perigo estivesse presente, o Salvador também estava. Ele não os impediu de engolir um pouco de água do mar da Galileia, mas a tempestade não teve a palavra final. A última palavra foi proferida por Jesus: “sossegai”.
No fim das contas, eles não sucumbiram e você também não vai sucumbir porque Cristo comprou o seu “final feliz”, então você já sabe como tudo vai terminar. Seja a tempestade rápida ou duradoura, se você for até Jesus, não acabará sob as águas, mas sobre elas. Confie nisto, e receba dEle o alívio do medo!

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